Hoje o assunto aqui na vizinhança
foi uma reportagem que passou na Ana Maria Braga, sobre um pai que espancou sua
filha. As pessoas estavam revoltadas, duplamente revoltadas, não somente pelo
ato em si, mas pela decisão judicial de liberta-lo, entendo a revolta popular,
eu fico também revoltada com esse tipo de situação e principalmente em como a
legislação brasileira é falha, mas o que me levou a escrever sobre isso foi a solução
simplista que todos estão dando ao caso... LINCHAMENTO!
Esse tipo de atitude e pensamento
também me deixa revoltada, pois ninguém pensa em linchar um político porque ele
não paga um salário digno aos professores, ou porque eles nos roubam
cotidianamente se não roubam nosso dinheiro, roubam nossas esperanças de viver
em um país mais justo.
Porque temos que responder um mal
com outro mal???
Esse apelo popular me passa uma ideia
de que voltamos à época de Moisés, onde devemos realizar a lei do “olho por
olho” ou ainda, que a nossa sociedade é perfeita e que basta linchar todos que
realizam atrocidades, como o pai da reportagem na Ana Maria, que a sociedade estará
a salvo e todos viverão felizes para sempre. Vamos então limpar a sociedade...
bate no pai que bate na filha, coloca todos os bandidos e traficantes no
paredão e mata todo mundo, queima todos os mendigos e crianças que moram nas
rua e a higienização da nossa sociedade estará pronta e estaremos a salvo de
todo a mal.
Sei que muitos ao lerem esse post,
vão falar “lá vem a Assistente Social defensora de bandido”, não estou
defendendo bandido, tanto pouco acho certo o que esse pai fez, mas não acho
certo ser ele considerado o único culpado na situação, pois se ele foi solto um
juiz o autorizou a isso e em nenhum momento eu vejo as pessoas a minha volta
perguntando o nome do juiz para no mínimo mandar um e-mail a esse trabalhador
da justiça brasileira questionando porque um sujeito que agride uma criança
dessa maneira esta livre em nossa sociedade, ou ainda quem sabe perguntando se
esse sujeito esta juntamente com essa criança recebendo atendimento
psicológico.
Repito: não é para passar a mão
por cima...
...mas será que um ato de barbárie deve ser respondido com outro ato de
barbárie?
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